Imagem do Post

Imagem do Post

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A história de dona Antonieta

Tem 92 anos, três filhos, cinco netos, nasceu na cidade de Jaguari, Rio Grande do Sul. É viúva.
É a 18ª do total de 30 irmãos. O pai casou pela primeira vez, teve 13 filhos. Sua esposa morreu. Voltou a casar e teve mais 17 filhos. Antonieta chegou nessa segunda leva.
Os 30 irmãos almoçavam juntos de domingo a domingo. Construíam o tempo para para isso.
‘O papai e a mamãe adoravam estar no meio de muita gente; além de nós, sempre tínhamos convidados’. Mesmo depois dos mais velhos se casarem, a sala de jantar, que mais parecia um salão de baile, recebia a todos. Aliás, segundo dona Antonieta, seu pai, como um bom pai daquela época, preferia fazer os bailes em casa. O espaço era suficiente para que seus olhos ficassem mais perto das 13 filhas.
‘Eu só conheci a mamãe grávida e ela nunca reclamava de nada, pelo contrário, falava pro papai coisas alegres e conosco, era muito generosa'. Sua mãe era uma dona de casa.
Dos 29 irmãos, a senhora Antonieta não gostava muito de conviver com apenas um deles. Lembra que ele desejava ser padre. ‘Muito mandão, sempre dando moral, como se a religião estivesse acima das pessoas’. Os outros 28 irmãos eram mais fáceis de conviver.   
Não se lembra de gente doente. Tinham um pomar gigante, viviam comendo frutas. Moravam na beira do rio e até no inverno havia mergulho. Brincavam muito com a água.
A alimentação era natural, aliás, não havia tantas bobagens oferecidas, diz Dona Antonieta. Ela  tem orgulho de ver que toda a família era saudável pelo fato de que sabia conviver bem: nenhum problema era tão problema que os levassem a se separar como uma família. Podiam divergir, mas, estavam sempre atentos ao quanto eram importantes uns para os outros.   
O pai era firme para que todos estudassem e, para manter a ordem, também era autoritário. Disso dona Antonieta não gosta muito de lembrar.
Na mesa, por exemplo, ele falava: ‘só eu e a mãe de vocês podemos falar, respeitem isso. Depois que nós dois sairmos da mesa vocês podem falar’. E, todos obedeciam, apesar de alguns ‘chutezinhos por baixo da mesa e alguns olhares silenciosos dizendo ‘você não pode se defender agora’.
Depois passava.
‘Era melhor naquela época, muito melhor, nós conseguíamos ser felizes’. Dona Antonieta falava com os olhos marejados de saudade.

Não é uma questão de saudosismo. É que antes funcionava melhor mesmo. Dona Antonieta está certa. E, sabe por qual razão? Por que não andávamos tão distraídos, tão ansiados por ‘sei lá o que é, mas, eu quero já que você tem’.
Não acredito que um dia desejaremos menos. Vejo grandes personalidades, inclusive na área da espiritualidade e no posto de Gurus, muito desenvolvidos, que desejam mais ainda. 
Quem sabe o que podemos fazer é aprender a desejar: um banho de rio? Uma visita em plena quarta-feira a uma amiga e um saboroso café com leite e um pãozinho quentinho? Um telefonema para o irmão apenas para lembrá-lo o quanto é amado por você? Uma noite com muito sexo e paixão na esposa que está ao seu lado a mais de 20 anos?
Desejar o mais simples, desejar aquilo que fica, desejar aproveitar mais todos os sentidos.

É uma dica psicológica para este final de semana. 
Bom abraço. 

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A Lei da mente é implacável

           A Psicologia, que é uma ciência nova, se aproxima muito de algumas filosofias milenares, entre elas, o Budismo;
                                   A Lei da mente é implacável, o que você pensa, você cria. O que você sente, você atrais. O que você acredita torna-se realidade.
                   
                                                                                   Buda
                 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Saudações



        No próximo dia 28 estaremos realizando o grupo de constelação familiar.
        Nosso quarto ano de trabalho para quem deseja alcançar melhorias em si mesmo, tanto na vida pessoal, quanto profissional e familiar.
        Seja muito bem vinda e bem vindo para conhecer e participar deste projeto terapêutico do amor.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Grupo de Constelação Familiar

Grupo de Constelação Familiar

      Nesta próxima terça-feira, dia 13 estaremos nos encontrando às 19h15.
      Esta abordagem terapêutica  oportuniza:

* trabalhar questões emocionais;
* dificuldades na área profissional:
* questões ligadas a dificuldade na área do relacionamento conjugal ou busca por um parceiro (a);
* questões familiares;
* doenças físicas.

Informações no e-mail bauer.rodrigues@hotmail.com

Ilas Flutuantes

Ilhas Flutuantes, no lago Titicaca. O colorido também é das pessoas que nos receberam. 
Compartilho com vocês essas cores.  

domingo, 31 de agosto de 2014

Educação

Estamos em primeiro lugar: no ranking mundial nenhum outro país tem tantos alunos agredindo os professores como no Brasil.
A sociedade violenta facilita essa realidade, mas, a própria escola, muito mais preocupada na competitividade de mercado do que em planos pedagógicos que formem alunos verdadeiramente mais lúcidos instiga ainda mais a ferocidade. É a política do ‘não há lugar para nós dois, sou eu ou você’. O vestibular é a prova disso.
Mais alunos, mais dinheiro. Custe o que custar.
Nessa lógica há uma prostituição dos verdadeiros valores educacionais. As escolas públicas comandadas por diretores e professores cansados (por justa causa, diga-se de passagem) e, as escolas particulares escravizadas pelas leis do mercado financeiro (com exceção do lucro monetário dos proprietários, todos os demais saem perdendo, sociedade, família e, em especial, o próprio ser humano que está no inicio do seu entendimento de quem é ele na vida).
Se a família não está formando adequadamente seus filhos, também as escolas não estão dando conta de educar seus alunos. Pouco importa para uma verdadeira qualidade de vida social se temos alunos bem informados e intelectualmente capazes. O mais importante é que tenhamos seres humanos competentes, hábeis em se colocar no lugar do outro, motivados a trabalhar em parceria e mobilizados em ser contribuintes para uma vida coletiva melhor.
As escolas têm fabricado egoístas enquanto que as famílias, lotadas de afazeres, produzem filhos imaturos emocionalmente.
Há poucos, mas valentes corajosos pelo Brasil, que iniciam novas idéias quem sabe não tão lucrativas sob o ponto de vista financeiro, mas, absolutamente ricas no que se refere a formar jovens mais lúcidos e capacitados a verdadeiramente se realizar durante a sua vida. Essas escolas estão conseguindo trazer os pais para perto não somente dos professores, mas, também para perto de seus filhos. 
Sempre acredito no Brasil; quem faliu foi o Ensino. E, por qual razão faliu? Incompetência? Jogos políticos? Meros interesses financeiros? Não somente isso.
Os ciclos da vida se encarregam de fazer nascer as novas idéias, deixá-las por um tempo enquanto se fazem úteis para então, naturalmente, findarem. Estamos exatamente nesse lugar, de transição, como se atravessássemos uma ponte que nos convida a nos despedirmos de um lugar e de uma maneira de educar nossos alunos para algo desconhecido, do outro lado da ponte. Nossas incertezas e inseguranças se dão justamente pelo fato de que ainda não sabemos ao certo o que nos espera.
Por agora, o que nos cabe é a coragem de seguir em frente e nos abrirmos para as mudanças, a começar por aquelas que precisam ocorrer dentro de nós. 
Depois e junto disso, doarmos nossas mãos, ideias e coração para sermos nós próprios os veículos do melhoramento coletivo.