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domingo, 31 de agosto de 2014

Educação

Estamos em primeiro lugar: no ranking mundial nenhum outro país tem tantos alunos agredindo os professores como no Brasil.
A sociedade violenta facilita essa realidade, mas, a própria escola, muito mais preocupada na competitividade de mercado do que em planos pedagógicos que formem alunos verdadeiramente mais lúcidos instiga ainda mais a ferocidade. É a política do ‘não há lugar para nós dois, sou eu ou você’. O vestibular é a prova disso.
Mais alunos, mais dinheiro. Custe o que custar.
Nessa lógica há uma prostituição dos verdadeiros valores educacionais. As escolas públicas comandadas por diretores e professores cansados (por justa causa, diga-se de passagem) e, as escolas particulares escravizadas pelas leis do mercado financeiro (com exceção do lucro monetário dos proprietários, todos os demais saem perdendo, sociedade, família e, em especial, o próprio ser humano que está no inicio do seu entendimento de quem é ele na vida).
Se a família não está formando adequadamente seus filhos, também as escolas não estão dando conta de educar seus alunos. Pouco importa para uma verdadeira qualidade de vida social se temos alunos bem informados e intelectualmente capazes. O mais importante é que tenhamos seres humanos competentes, hábeis em se colocar no lugar do outro, motivados a trabalhar em parceria e mobilizados em ser contribuintes para uma vida coletiva melhor.
As escolas têm fabricado egoístas enquanto que as famílias, lotadas de afazeres, produzem filhos imaturos emocionalmente.
Há poucos, mas valentes corajosos pelo Brasil, que iniciam novas idéias quem sabe não tão lucrativas sob o ponto de vista financeiro, mas, absolutamente ricas no que se refere a formar jovens mais lúcidos e capacitados a verdadeiramente se realizar durante a sua vida. Essas escolas estão conseguindo trazer os pais para perto não somente dos professores, mas, também para perto de seus filhos. 
Sempre acredito no Brasil; quem faliu foi o Ensino. E, por qual razão faliu? Incompetência? Jogos políticos? Meros interesses financeiros? Não somente isso.
Os ciclos da vida se encarregam de fazer nascer as novas idéias, deixá-las por um tempo enquanto se fazem úteis para então, naturalmente, findarem. Estamos exatamente nesse lugar, de transição, como se atravessássemos uma ponte que nos convida a nos despedirmos de um lugar e de uma maneira de educar nossos alunos para algo desconhecido, do outro lado da ponte. Nossas incertezas e inseguranças se dão justamente pelo fato de que ainda não sabemos ao certo o que nos espera.
Por agora, o que nos cabe é a coragem de seguir em frente e nos abrirmos para as mudanças, a começar por aquelas que precisam ocorrer dentro de nós. 
Depois e junto disso, doarmos nossas mãos, ideias e coração para sermos nós próprios os veículos do melhoramento coletivo. 

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