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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Jovens, álcool e família



                Aos poucos, a humanidade foi se perdendo do “caminho”.
                Distanciada de si mesma, cega do que havia em seu interior, turvou seus olhares para o que percebia no lado de fora. Primeiro, esqueceu quem era, depois, olvidou como devia realizar-se na vida.  
                Foi quando nós, os seres humanos, conhecemos a arte de comprar: alegria, alívio, doçura, amor, criatividade, sono, paz, poder, etc.
                Desse desvio do “caminho” e dessa ideia de comprar surgiram todas as drogas e ainda surgem.   
                No entanto, a porta de entrada nesse mundo das ilusões, de que é possível negociar ao invés de resgatar do seu próprio interior a solução, é a mesma há mais de um século: o álcool.
                Reparem na capa da revista veja: um em cada três adolescentes se embriagou nos últimos doze meses. Segue: beber ainda jovem aumenta em até 70% o risco de se tornar dependente de drogas. Não é difícil concluir que a nossa sociedade e as nossas famílias estão fabricando futuros viciados.  
                Por qual razão os jovens e cada vez mais jovens estão tão interessados no álcool? Pelo efeito deste tempo: se pode tudo, mas, s u p e r f i c i a l m e n t e.
                Eles têm acesso a todas as informações, podem falar o que bem querem, contrariar as ordens, decidir por eles mesmos e adquirir as tecnologias de últimas gerações, no entanto, não estão sendo ensinados a conhecer a vida de maneira mais profunda.  
                Por isso, seus prazeres duram pouco tempo, enquanto que as suas ânsias... vinte e quatro horas.
                Jovens bebedores de álcool de hoje serão os viciados em comprar a paz e a felicidade amanhã. E, viciados, se depararão com o seu próprio vazio, diariamente.  
                Álcool, maconha, ecstasy, oxi, cocaína, heroína, bala, cérebros sendo fritados, como dizem os jovens.
                Destinos sendo fritados, digo eu.
                Há saída?
                Sim e começa pelos pais desses jovens.
                Não apenas na compreensão de que antes do amor, necessita vir à ordem e o limite, mas, principalmente, que esses pais comecem a olhar para as suas próprias vidas, para o seu próprio interior. 
                Que se soltem da crença de que o dinheiro e o poder externo trarão harmonia, pois, externamente só é possível alcançar prazeres momentâneos, enquanto que, aquilo que se liberta por dentro, permanece para sempre.   
                Que se desatem da ideia de que a vida moderna não dispõe de tempo para o diálogo e convivência familiar, pois, um homem refém da falta de tempo é um homem refém das próprias escolhas equivocadas.  
                Que os pais se emancipem do medo de abrir seus corações ao amor, pois, só conseguirão levar seus filhos para locais que eles próprios já frequentam.  
                Que os pais se alforriem da culpa ao dizer não! Pare! Chega! Fim! Obedeça! Honre! Pois, o amor sem disciplina e respeito às hierarquias é mais perigoso do que o desamor.
                E, que os seus filhos sejam responsabilizados e se responsabilizem, pois, ninguém amadurece sem honrar o resultado das suas próprias atitudes.  
                Há uma frase do Zen Budismo: o próximo passo é sempre o primeiro passo.
                Você pode mudar esta realidade hoje, agora em sua família, neste momento com os seus filhos, neste instante, em seu próprio interior. Aja!   

                Psicólogo Bauer Orcina Rodrigues                          
               
                                

8 comentários:

  1. O blog ficou sensacional! O texto é muito profundo! Parabéns por mais esta iniciativa e por todo o trabalho que fazes.Sucesso!Abraço,
    Elza

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    1. Obrigado Elza. Faremos deste espaço, um lugar de encontros, informações e contribuições sociais.

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  2. Oi Bauer!!! Adorei seu blog!!! :-)) Abs.,

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  3. obrigado Gislaine. Um abraço para vocês três.

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  4. Estava até há pouco no trabalho de constelação familiar de que participo mensalmente. Mais uma vez, superou as expectativas. Vale à pena participar para conhecer!
    Sinto-me privilegiada por poder estar lá.
    Elza

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    1. Fico feliz Elza. E, lembre que você é uma das responsáveis pelo sucesso desse trabalho.

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  5. Oi Bauer!! Concordo com a Elza! Fico muito feliz de poder participar do grupo de constelação familiar! Cada vez supera as expectativas mesmo!! grande abraço! Andréa

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    1. O nosso grupo é muito especial Andréa. Vejo todos muito comprometidos em seu desenvolvimento pessoal e de coração aberto para ajudar todas as pessoas que nos procuram. Espero que tantas outras pessoas possam ser beneficiadas.

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