Escolheria quem foram os culpados pela minha infelicidade; manteria
distância deles e começaria novamente.
Perceberia o que me faltou e começaria a me oferecer todas
essas coisas.
De preferência, faria com que alguém fizesse por mim.
Acreditaria em coisas mágicas e elas me salvariam.
Confiaria apenas nas minhas verdades. Elas seriam o
suficiente para me fazer feliz.
Mas, um dia, descobri algo diferente.
Algo que ninguém havia me dito!
Que eu não poderia me realizar sem antes
aprender a me permitir.
E, que não me permitiria sem que antes
resgatasse um amor muito mais profundo por mim mesmo.
Não esse amor que se roga o lugar de superior e mais
importante que a outra pessoa. Mas, o amor que sempre está ao lado e disponível
também para si mesmo.
Nessa descoberta todos os culpados evaporaram.
Não mais havia a quem acusar.
Também todos os mágicos ilusionistas partiram:
eles viram que os meus olhos tinham força para fazer ao invés de esperar por
eles.
Ficou tão claro que todas as minhas verdades,
todas mesmo, estavam ultrapassadas. Eu vivia com os meus bolsos cheios de coisas
velhas, mofadas. Inclusive pessoas que passaram ainda moravam lá...
Pensei que seria mais fácil.
Mas, também aprendi que é possível: mudar.
Desde então, não parei mais: todo o dia construo
uma verdade melhor; calo meus julgamentos e exercito a responsabilidade sobre a
minha vida.
Descubro, redescubro, descubro várias vezes ao
dia a minha força, a minha capacidade de vencer os obstáculos que as minhas
próprias crenças inventaram.
Se, o amor é maior dentro de mim a partir disso
tudo? Não.
Afinal, ele sempre esteve lá.
No entanto, quando descobrimos, ele se torna mais
livre, menos enredado.
O amor de agora é mais grato, mais palpável.
O amor de agora é presente, mora no
instante.
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