Atônitos os brasileiros ainda não
conseguem compreender o que houve com a seleção brasileira de futebol. Surgem
várias opiniões: a corrupção na CBF fez com que o futebol brasileiro ficasse em
defasagem ao futebol Europeu; o nosso time não teve suporte emocional para dar
conta de tanta expectativa por parte do povo brasileiro; assim era o nosso destino,
etc.
Mas, me chama a atenção que não é falado
daquilo que para mim é a chave deste acontecimento: toda a competição parte de
um erro, por isso, sempre gera uma ilusão. Aos que desejam vencer: a ideia de que
precisam derrotar a outros para reconhecerem a sua própria superioridade. Aos
que temem perder: a crença de que a derrota os colocará na situação de inferioridade.
Por isso toda a disputa só pode gerar
paixões eufóricas e prazeres intensos, mas, sempre passageiros.
No entanto, quando ambos os
envolvidos percebem o que de fato está em jogo, ‘a oportunidade de saírem vitoriosos,
independente do placar’, aí sim, algo de maravilhoso se providencia para os
dois lados.
Dividir o pastel significa: ‘nós dois
ganhamos se nos fizermos sábios ao que ainda temos a aprender com esta experiência’.
É quando o esporte não deixa de ser esporte enquanto o esportista e as demais
pessoas ampliam a sua visão para o que de fato estão fazendo.
Queremos um Brasil não apenas capaz
de fazer obras bem feitas e livres da corrupção. Desejamos um país mais
harmônico, culto e equilibrado em todas as direções. Almejamos isto não somente
para nós, mas também para os nossos filhos e netos. Ansiamos deixar de presente
para toda a população mundial, a nossa colaboração: uma parte humana nomeada de
brasileiros, capaz de lidar com tantas diferenças étnicas, culturais e
políticas, mostrando ao mundo que as diferenças não são forças contrárias, mas,
complementares; que esta diversidade humana é capaz de encontrar uma saída, um
lugar onde todos caibam no amor, sendo um para o outro o recurso para que experimentemos
juntos o mais sábio e bonito da vida.

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