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sábado, 23 de março de 2013

Sobre o medo

    
Estou aprendendo a não ter medo.
          Medo de nada!
           Não falo de coisas como me atirar na frente de um caminhão ou qualquer diferente loucura. Isso é outra coisa.
           Falo do medo que verdadeiramente permitimos que nos firam: medo de que um dia faltará algo, medo de que não somos suficientes para sermos reconhecidos pelos outros, medo de não ser amado tanto quanto amamos; medo de ficarmos sós.
           O medo está morrendo dentro de mim, todos eles. E, o mais estranho: estou aprendendo a terminar com o medo sentindo medo.
           Sim.
         É passando por ele que aprendemos o que melhor fazer e não fugindo dele, como muitos acreditam ser o melhor. Ultimamente, tenho sentido muito medo, um medo como nunca havia presenciado antes. Ele sempre vem maior. Contratei isso com ele: chegue mais perto de mim, irmão medo, cada vez mais claro e eu farei de ti um caminho.
           Assim tenho lidado com o medo; ando de mãos dadas a ele para que me indique o que ainda não sei de mim. E, ele fica lá, como se com uma bandeirola na mão me acenando: “ei, venha por aqui; isto você ainda não conhece”. 
           O meu medo às vezes se apresenta com dor, com ansiedade, com vontade de fugir sei lá para onde.  Mas, nesse contrato, também coloquei algumas imposições: ele jamais será o fim; apenas servirá de incentivo. Pois, o quero como uma ponte e não como um muro.
           Não estou disposto a castrar qualquer sonho que um dia eu tenha tido a coragem de sonhá-lo. Se, sonhei e experimentei em algum lugar da minha alma, quero degustar também aqui, através de todos os meus sentidos humanos. É meu direito!
            Essa foi à descoberta mais espetacular que tive ao longo da minha vida: que justamente o medo, aquele que é tão mal visto por tantos, seria o meu grande mestre e o meu maior incentivador ao amadurecimento. E, de lambuja, ele ainda me ensinou que não há qualquer coisa dentro dos meus pensamentos e sentimentos que estejam contra a vida. Basta apenas que eu aprenda a bem direcionar o que há na essência de cada uma delas.  
            Ainda tenho medo de voar, muito medo. Mesmo assim, nasceram asas em minha imaginação que às vezes estão nas minhas costas, outras vezes, nos meus olhares. Outras ainda, na minha certeza de que nascemos predestinados à realização.
            Mesmo que lutemos ferozes, que façamos das mais antipáticas artimanhas, a felicidade nos vencerá. Seremos, todos nós, a qualquer dia desses, abarrotados por ela.
            Imaginem: tudo está ao nosso favor! Um único fluxo que nos leva para a vitória! Pensávamos que não era assim; chegamos a acreditar que havia duas forças opostas. Puxa! Isso nos trouxe muitos problemas.
            Mas, as coisas mudam e sempre evoluem, mesmo que aos olhares desatentos pareça que não. Por isso, alcançamos este lugar, como alguém que, depois de muito esforço, chega ao mais alto da montanha e consegue avistar o que havia além. Quem já viveu isso, sabe do que vou dizer agora: nossos olhos, no início, têm dificuldade de focar. Logo em seguida, piscamos e, numa brevíssima respiração, todas as formas se definem como numa explosão de cores.  
             Descobrimos que nunca houve qualquer coisa para ser vencida. Que não havia qualquer inimigo, muito menos feiuras dentro de nós: eram mistérios e mistérios provocam medo, pois, todos os fantasmas moram em nossos mistérios.

E, todos os fantasmas evaporam quando os mistérios se transformam em sabedoria.

É bem isso, como uma casca de ovo que se abre aos poucos, na descoberta do mundo além daquelas limitações impostas pela fronteira. A luz resplandecente da vida infiltra-se para dentro do ovo convidando a luz, que já havia lá dentro, a sair e expandir-se além de qualquer coisa que a limite.

 
       



 

terça-feira, 12 de março de 2013

O novo papa: a nova Igreja?


Conta a história que o nobre Michael Ângelo foi convidado para reascender a Igreja através da sua obra na capela Sistina. Seu trabalho durou quatro anos, de 1508 até 1512.

Estive visitando o site onde pude assistir em 360º a tal capela. Nesse site também há uma música belíssima enquanto podemos desfrutar das imagens. Foi quando eu me dei conta do que está acontecendo.

 A igreja sempre foi e será um dos espelhos da espiritualidade humana.  Por mais que a religião católica pregue suas crenças, assim como todas as demais religiões como os Budistas ou Hinduístas, antes de serem veículos de discurso dos seus dogmas, são espelho de uma faceta humana que anseia por dias melhores em sua própria consciência.
Agora, como o previsto por alguns que souberam ver, a Igreja nos revela a dualidade e a busca pela ascensão, assim como todos nós que caminhamos em direção ao mais lúcido, mesmo que tenhamos que passar por instantes trevosos e confusos.  
A igreja passa por um momento decisivo. Precisará olhar como nunca para questões da ética na gestão do estado da cidade do Vaticano, a sexualidade e o melhor preparo para a revolução comportamental e social que estamos passando. Pois, é justamente isso que toda a humanidade também precisa olhar. A crise vivenciada pela Igreja é mais um incentivo, dentro de tantos outros, para que reflitamos sobre todas as incoerências que ainda vivem dentro de nós.
Independente do que estava acontecendo na alma de Bento XVI quando teve a atitude de pedir o seu afastamento ou, se por questões internas alguns determinaram o seu afastamento, todos esses envolvidos estão oferecendo à humanidade uma oportunidade para elevarmos a nossa percepção sobre a vida e, em especial, sobre o que desejamos plantar para as próximas gerações.
Assim como em sua vida, na minha vida e no interior da maioria das pessoas, também na Igreja teremos resistências às mudanças. Alguns preveem que acontecerá como nunca ainda visto uma ruptura em suas bases: por um lado, os interessados na permanência de tudo o que está e, por outro, os fomentadores das modificações. É assim que acontece: quando há uma possibilidade de crescimento, há também a resistência diante disso. Mudar exige coragem.
A Igreja já está tendo essa coragem, assim como todos nós seres humanos. Temos olhado, finalmente, para tudo o que estava escondido por nós mesmos. Temos visto todos os nossos enganos, todas as nossas omissões, nossos exageros e distorções que, em última instância, nos encaminharam ao aperfeiçoamento, no entanto, através de uma caminhada sofrida e sangrenta.
É provável que ainda saia “muita fumaça escura” dos corredores da Igreja. E, certamente, todos nós temos a esperança de que a fumaça clara de chaminé do Vaticano anuncie não apenas a escolha do próximo papa, mas, a escolha de todos nós, por uma vida mais harmoniosa e atenta à verdade.
Estamos aprendendo a nos comprometer em ser a luz ao invés de buscá-la do alto, para que nos façamos mais eficientes na convivência com nós mesmos e com o outro.  Por isso, o nosso destino é não apenas presenciarmos um novo Papa e uma nova Igreja, mas, principalmente, uma melhor humanidade.  

 

sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia da mulher


Este texto é uma homenagem às mulheres e também uma oportunidade para falarmos sobre conciliações.
Deveríamos, nós homens, compreender que há uma hierarquia entre o homem e a mulher. Afinal, a vida vem essencialmente do feminino. Os pais se encontram, dizem sim aos filhos e então, a mãe se torna o grande veículo para que toda a vida se expresse.
A vida vem do feminino. A vida vem das mulheres. O próprio homem vem da mulher.
No entanto, esse lugar hierarquicamente superior das mulheres não as coloca distanciadas dos homens. Pelo contrário, é justamente quando cada um está no seu lugar que ambos podem dançar bem juntos.
O homem honra o seu poder quando zela a magia feminina. E a mulher, por sua vez, apropria-se da sua real força quando permite ser zelada pelo homem.
O homem moderno é provedor e afetivo. Homens podem chorar sem se distanciar do seu poder. As mulheres deste tempo são ágeis e continuam minuciosas. Precisam disso para exercitar o que têm de melhor: sua intuição para a escolha dos melhores caminhos.
Olhares masculinos são diferentes de olhares femininos e ambos deveriam compreender isso. Afinal, é o que oportuniza o complemento.
Que as mulheres encontrem o seu próprio masculino, em seu interior e se apaziguem com ele. Também os homens encontrem o feminino em seu interior e confiem como parte da sua força. Pois é o masculino dentro das mulheres que lhes instiga para atitudes práticas e diretas. Assim como o feminino dentro dos homens que lhes concede a sensibilidade e a capacidade de sentir a vida.
Conciliados em seu próprio interior, homens e mulheres se aprontam para alcançar a tão sonhada conciliação entre ambos.
Feliz dia das mulheres para todos nós.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Saudações para o novo início


O grupo de constelação familiar retornará às suas atividades no dia 12 de março de 2013 (terça-feira).
            Pelo terceiro ano, daremos continuidade a este trabalho de auto melhoramento e auto  realização e aprofundaremos os nossos estudos.  
            A constelação familiar, elaborada pelo Terapeuta Alemão Bert Hellinger, é praticada em dezenas de países, atuando na área pessoal, pedagógica e empresarial.
            Este grupo oferece a oportunidade de termos aqui, bem perto de todos,  conhecimentos terapêuticos que fazem parte daquilo que há de mais avançado na área do desenvolvimento humano.   
            Faça parte você também deste grupo.  

 Qual o conceito teórico?

               Existem muitos comportamentos humanos e obstáculos que se apresentam sem que a situação atual da pessoa seja suficiente para explicá-los. Na maioria desses casos a origem se remonta a diferentes insucessos ocorridos na família de origem e a vivência de seus pais e antepassados mais longínquos, mesmo que estes estejam mortos ou desconhecidos.
              Na constelação familiar temos a oportunidade de observar o que tem como causa de alguns infortúnios em nossa vida e realizar um profundo trabalho de transformação.  

A quem está destinado o trabalho de constelações familiares?

 * Para pessoas que estão interessadas em realizar um trabalho pessoal buscando melhorias e realizações, tanto sob o ponto de vista pessoal, quanto profissional e familiar.
* Para pessoas que tem dificuldade em suas relações familiares, que se manifestam em problemas emocionais, mentais ou corporais.
* A pessoas que tem problemas conjugais, convivência ou separações conflitivas, casos de adoção, abuso sexual, abortos.
* Aqueles que padecem de enfermidades graves, que tenham qualquer tipo de vício e transtorno (bulimia, anorexia, obesidade).
* Para pessoas que tenham sofrido repetidas experiências de infortúnios (lutos, mortes trágicas, suicídios, guerras) ou desejam enfrentar trechos irremediáveis da sua história.
* A pessoas que tenham algum problema vinculado a imigração/emigração.
* Para pais e educadores que tratam de ajudar as crianças e adolescentes com problemas de conduta, aprendizagem e desenvolvimento pessoal.
* A todos os profissionais da área da saúde (psicólogos, psicoterapeutas, médicos, terapeutas corporais, enfermeiros, profissionais de medicina alternativa, acompanhantes terapêuticos, consultores de empresa, empresas e organizações, etc.).
* Para problemas de liderança, lealdade, estruturação de responsabilidades, coesão da equipe de trabalho, lançamento de novos projetos, reestruturações.

Horários, dias e local:
Encontros quinzenais, realizados no Monte Alverne (Rua São José, nº 584, Bairro São José, São Leopoldo).

2ª terça-feira do mês: grupo terapêutico para aqueles que desejam realizar o desenvolvimento pessoal através de constelações e estudos sobre os referenciais sistêmicos.

 4ª terça-feira do mês: para quem deseja conhecer o grupo e/ou constelar alguma questão pessoal.

 *  O espaço de trabalho recebe os participantes a partir das 19h, começando pontualmente às 19h30.

Investimento para participação:

 130 reais para os que desejam participar do grupo (dois encontros por mês).
  65 reais para quem desejam apenas participar do grupo aberto.
130 reais para quem deseja apenas constelar alguma questão mais significativa.

 Para o interessado que deseja conhecer o trabalho, o dia para isso é sempre na 4ª terça-feira do mês. Não há qualquer custo para isso.
Para outras informações, entre em contato via e-mail: contatosimplicidade@hotmail.com ou deixe o seu recado através do link “perguntas ao doutor Bauer” no blog psicologobauer.blogspot.com.br.

 Até lá 

Psicólogo Bauer Orcina Rodrigues