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terça-feira, 12 de março de 2013

O novo papa: a nova Igreja?


Conta a história que o nobre Michael Ângelo foi convidado para reascender a Igreja através da sua obra na capela Sistina. Seu trabalho durou quatro anos, de 1508 até 1512.

Estive visitando o site onde pude assistir em 360º a tal capela. Nesse site também há uma música belíssima enquanto podemos desfrutar das imagens. Foi quando eu me dei conta do que está acontecendo.

 A igreja sempre foi e será um dos espelhos da espiritualidade humana.  Por mais que a religião católica pregue suas crenças, assim como todas as demais religiões como os Budistas ou Hinduístas, antes de serem veículos de discurso dos seus dogmas, são espelho de uma faceta humana que anseia por dias melhores em sua própria consciência.
Agora, como o previsto por alguns que souberam ver, a Igreja nos revela a dualidade e a busca pela ascensão, assim como todos nós que caminhamos em direção ao mais lúcido, mesmo que tenhamos que passar por instantes trevosos e confusos.  
A igreja passa por um momento decisivo. Precisará olhar como nunca para questões da ética na gestão do estado da cidade do Vaticano, a sexualidade e o melhor preparo para a revolução comportamental e social que estamos passando. Pois, é justamente isso que toda a humanidade também precisa olhar. A crise vivenciada pela Igreja é mais um incentivo, dentro de tantos outros, para que reflitamos sobre todas as incoerências que ainda vivem dentro de nós.
Independente do que estava acontecendo na alma de Bento XVI quando teve a atitude de pedir o seu afastamento ou, se por questões internas alguns determinaram o seu afastamento, todos esses envolvidos estão oferecendo à humanidade uma oportunidade para elevarmos a nossa percepção sobre a vida e, em especial, sobre o que desejamos plantar para as próximas gerações.
Assim como em sua vida, na minha vida e no interior da maioria das pessoas, também na Igreja teremos resistências às mudanças. Alguns preveem que acontecerá como nunca ainda visto uma ruptura em suas bases: por um lado, os interessados na permanência de tudo o que está e, por outro, os fomentadores das modificações. É assim que acontece: quando há uma possibilidade de crescimento, há também a resistência diante disso. Mudar exige coragem.
A Igreja já está tendo essa coragem, assim como todos nós seres humanos. Temos olhado, finalmente, para tudo o que estava escondido por nós mesmos. Temos visto todos os nossos enganos, todas as nossas omissões, nossos exageros e distorções que, em última instância, nos encaminharam ao aperfeiçoamento, no entanto, através de uma caminhada sofrida e sangrenta.
É provável que ainda saia “muita fumaça escura” dos corredores da Igreja. E, certamente, todos nós temos a esperança de que a fumaça clara de chaminé do Vaticano anuncie não apenas a escolha do próximo papa, mas, a escolha de todos nós, por uma vida mais harmoniosa e atenta à verdade.
Estamos aprendendo a nos comprometer em ser a luz ao invés de buscá-la do alto, para que nos façamos mais eficientes na convivência com nós mesmos e com o outro.  Por isso, o nosso destino é não apenas presenciarmos um novo Papa e uma nova Igreja, mas, principalmente, uma melhor humanidade.  

 

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