Imagem do Post

Imagem do Post

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Filhos que dormem com os pais


 

       Interessantes este momento, também sob o ponto de vista educacional: toda a liberdade nunca antes vista está gerando pais mais dependentes dos seus filhos e, obviamente, filhos mais dependentes de seus pais.
        Parece antagônico, mas, é o que vemos por aí.
           Vamos para algumas soluções:
           Primeira dica: por exemplo, o ato da criança dormir sozinha. Enquanto os professores e demais educadores podem interferir na educação da criança, em especial o ato de dormir, cabe aos pais dar este limite. Nem ao menos no primeiro ano é indicado que a criança durma junto aos pais. Pode, no primeiro ano, dormir no mesmo quarto, mas, na mesma cama, jamais.
           Segunda dica: escolher os seis meses de vida da criança para encaminhá-la ao seu próprio quarto e fazer uso de objetos ou situações que lhe tragam segurança: panos, bonecas, luminosidade, música, etc. Estes estímulos serão fundamentais para a independência (compreenda maturidade) emocional do futuro jovem e adulto.
           Terceira dica: os pesadelos, ao longo dos primeiros anos são comuns. Portanto, a criança procurará proteção tentando retornar ao quarto dos pais. Tudo bem. Os pais devem recebê-la com todo o amor e capacidade de protegê-la. No entanto, nas noites seguintes, devem estimular que retornem aos seus quartos.   
           Quarta dica: os pais, em especial as mães, precisam trabalhar seu sentimento de “culpa”. As rotinas de hoje em dia fazem com que fiquem excessivamente longe de suas casas. As culpas provocam exageros, apegos e imaturidade emocional de todos os envolvidos.
             Quinta dica: o próprio dia a dia, carregado de stress dificulta que esses pais parem, conversem, sintam um ao outro e descubram soluções. Também nesse sentido a criança é sobrecarregada. Por mais difícil que seja aceitar o fato: a vida não está pronta, mas, sendo montada dia a dia; portanto, todos os pais podem ajustar melhor o seu tempo para que atinjam o sucesso tanto fora quanto dentro de casa.

Estimular a autonomia das crianças: passo fundamental para um ser humano capaz de gerar a sua própria felicidade.

           

 
 

 


       
          


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Idosas: a hora das anciãs


 

As tribos ainda praticam aquilo que nomeiam de “a hora das anciãs”.
Nesse momento do dia, todos os integrantes mais jovens vão em direção a uma fogueira ou árvore ou ainda, para alguma residência, ouvir a voz daqueles e daquelas que já caminharam por mais tempo. Essa é uma das maneiras que conseguem passar os ensinamentos ancestrais e manter o equilíbrio de sua tribo.
Por alguns anos tenho tido a magnífica oportunidade de trabalhar com senhoras da terceira e quarta idade. Num dos encontros pude coletar alguns dos seus ensinamentos. 

Irene, 89 anos, dois filhos, cinco netos e dois bisnetos:

Quem é a responsável maior pelos filhos é a mãe. Não devem apenas por os seus filhos no mundo e nas creches. As mães precisam procurar o serviço em casa para estar perto deles.

 Dolores, 80 anos, cinco filhos, seis netos:

Em especial aos jovens. Respeitem e amem muito os seus pais porque no futuro vocês serão pais também e irão colher os frutos que semearam.
Deem muito amor aos seus pais e terão a maior felicidade do mundo.

Juessi, 76 anos, quatro filhos, oito netos e um bisneto:

Eu acho que está faltando mais severidade dos pais.
Os pais de hoje estão muito liberais. Não é como antigamente. Hoje é liberdade demais.

Ely, 83 anos, três filhos, um neto:

Os pais não dão limite aos filhos. Eles fazem o que bem entendem.
Os pais acham que a escola é a responsável pela educação. Mas, a educação começa quando os filhos são pequenos. Até sete anos eles precisam ser educados pelos pais. Boas maneiras, bom caráter, respeitar as pessoas e ter uma vida espiritual.
A espiritualidade é fundamental no meu conceito.
Os jovens não dão importância para a vida espiritual, eles não aprenderam o quão importante é esta experiência.
E, os nossos filhos, como foram educados, não educam os seus filhos. Certamente, tudo muda com a evolução dos tempos, porém, as boas maneiras e a ética, continua sempre a mesma.
Os avós veem coisas erradas na educação dos netos, mas, não podem interferir de maneira nenhuma, porque os pais não aceitam.   

Janira, 69 anos, dois filhos, dois netos:

Paz entre os jovens e paz entre os mais velhos. Que a paz seja prioridade na humanidade.

Domingas, 91 anos, quatro filhos, 2 netos:

A paz deveria ser divulgada em primeiro lugar.
Tenho 29 irmãos que se comunicam constantemente. Nunca houve discórdia entre nós “graças a Deus”.
Agradeço ao nosso professor que sempre nos orienta divulgando a paz como centro de tudo o que precisamos.
Gloria a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade.
 
Leny, 88 anos:

Queridos jovens do meu Brasil e de todo o mundo!
Numa época de descobertas maravilhosas como temos tido ultimamente, seria normal estarmos em maior conforto e segurança. Mas, o que vemos por aí?
Pessoas usando os meios de melhorias de vida para a destruição de outros e de si mesmo.
Procuram a paz? Pois então! Com a inteligência que tem deveriam procurar usar os objetos de comunicação de uma maneira certa.
Um pequeno exemplo: tenho uma faca na mão. Ela foi feita para matar? Não, mas para o uso doméstico de utilidades. Deste modo vocês devem sempre estar conscientes da maneira certa ao usar tudo que Deus nos deu para a nossa felicidade.
A paz está entre tudo; é o objetivo de todas as coisas.
Jovens! O diálogo, o amor afetivo de suas famílias vale todo o outro do mundo. Partindo daí, deveis olhar para a utilidade e o lado bom de todas as descobertas.
Se souberdes aproveitar as coisas da vida, de uma maneira certa, pelo lado útil e pacífico, tereis felicidade e paz com toda a certeza.
Devemos aproveitar as facilidades que Deus nos deu e a vida.
Procurai viver com Deus em suas vidas e usar as coisas de maneira certa!

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Violência e depressão


O crime assustou o Brasil. Mas, não surpreendeu. Marcelo de 13 anos é suspeito de ter matado sua mãe, seu pai, a avó, a tia e se matado em seguida. Segundo os policiais que apuram as mortes, a arma usada foi uma pistola 40 da mãe de Marcelo.
Enquanto ainda lia esta notícia, recebi um e-mail de um amigo que comentava o seguinte título: “Facebook pode tornar adolescentes mais vulneráveis à depressão”. Na mesma hora pensei: aqui pode haver alguma ligação.
Casos de assassinatos bárbaros como esse, normalmente são cometidos por personalidades psicopatas. Se, de fato o jovem cometeu esta tragédia, possivelmente ele está dentro desse diagnóstico.
O que se sabe, dentro do que foi estudado até agora, é de que crianças, jovens ou adultos com o problema da depressão normalmente tendem a ser muito mais auto agressivos (suicidas) do que assassinos. No entanto, os novos estudos requerem a nossa atenção.
A seguir trago na integra a matéria recebida:  

Um estudo apresentado na 119.ª convenção anual da Associação Americana de Psicologia, em Washington DC (EUA), e divulgado em sete de agosto de 2013 pelo site Science Daily afirma que o uso de redes sociais pode levar adolescentes a manifestar "tendências narcisistas" e torná-los mais vulneráveis a ansiedade, depressão e outros problemas psicológicos.
Na apresentação, intitulada "Poke Me: How Social Networks Can Both Help and Harm Our Kids" (Cutuque-me: Como as redes sociais podem ao mesmo tempo ajudar e prejudicar nossas crianças), o PhD e professor de psicologia Larry D. Rosen, da Universidade Estadual da Califórnia, expôs que "particularmente entre jovens, estamos apenas começando a ver pesquisas sólidas que demonstram tanto o lado positivo quanto o negativo" de redes sociais como o Facebook. Em seu estudo, Rosen aponta que adolescentes que usam Facebook tendem a apresentar com mais frequência tendências narcisistas, enquanto jovens com forte presença no Facebook mostram mais sinais de outros problemas psicológicos, como comportamento antissocial, manias e tendências agressivas. O abuso diário das mídias sociais e das tecnologias tem efeito negativo na saúde de todas as crianças, pré-adolescentes e adolescentes, que se tornam mais propensos à ansiedade, depressão e outros problemas psicológicos, além de deixá-los mais suscetíveis a problemas de saúde no futuro. O psicólogo advertiu também sobre os efeitos do Facebook em estudantes: a rede social pode distrair e causar impacto negativo nos estudos. Rosen citou pesquisas que mostraram que alunos de colégio e de faculdade que visitaram o Facebook pelo menos uma vez durante um período de 15 minutos de estudo tiraram notas menores.
Benefícios:
Entre os impactos positivos das redes sociais, Rosen destacou que os relacionamentos virtuais podem ajudar adolescentes introvertidos a aprender como se socializar. Além disso, as redes sociais podem fornecer ferramentas de ensino mais atraentes, capazes de promover o engajamento de jovens estudantes.
Aos pais, o professor recomendou que acompanhem as atividades dos filhos nos sites de redes sociais e discutam a remoção de conteúdo ou conexões impróprias. Os pais também precisam ficar atentos às tendências online e às últimas tecnologias, sites e aplicações que as crianças utilizam.
 

         Junto a isso, tenho investigado o papel dos jogos na psique dos jovens e de que forma eles afetam o comportamento, ideias e valores. Um dado é fundamentalmente alarmante: 90% dos jogos mais “curtidos” por eles estão ligados ao “matar ou morrer” (violência) enquanto que os outros 10% vinculados à competição.           O leitor tem alguma dúvida de que isto favorece a violência?
            O crime assustou o Brasil, mas, não surpreendeu. 

             Qual a solução?
            Ela é clara, no entanto, bastante trabalhosa: deveremos voltar a confiar na humanidade e na própria vida.
O que há de mais moderno a nível psicológico e pedagógico terá que realizar este trabalho: de arquitetar ferramentas educacionais, fazendo uso de todos os meios de comunicação, para que favoreçam a “reconstrução” da ideia de que somos essencialmente confiáveis e solidários. Saibam os leitores de que a agressividade é apenas uma reação à crença de que estamos permanentemente ameaçados. 
A vida será vitoriosa. Mesmo que ainda tenhamos que passar por experiências tão duras, estamos a caminho.