Quando nos lembrarmos de que humanidade funciona como um grande organismo, absolutamente interligado, perceberemos que somos não apenas espelhos uns dos outros, mas, partes fragmentadas que se buscam incessantemente.
Quando notarmos que não é necessário guerrear com essas outras partes, por mais diferentes que elas se apresentem ou, por mais incômodas que elas nos revelem aquilo que não queremos ver de nós próprios, notaremos que todo o cenário é tão somente a oportunidade para encontrarmos verdades mais inteiras sobre a vida dentro e fora de nós.
Quando conhecermos esta verdade, “o poder e a beleza da unidade”, finalmente encontraremos a paz dentro de nós.
Por isso, o salto que começamos a dar, como coletividade, não está ligado a esta ordem ou paradigma religioso e político. Pertence a todos, pelo fato de ser um despertar de dentro para fora.
Não vem das ideias de alguém ou de algum líder. Começa a transbordar nos homens mais simples, nos lugares menos esperados e contagia até mesmo as pessoas mais incrédulas.
Isto não é uma visão otimista. Esta é uma percepção da natureza ao qual a humanidade participa: na medida em que amadurecemos, vamos deixando, aos poucos, a visão separada das coisas. A grandiosidade das pessoas mais sábias que andaram por este planeta era fundamentada nesta compreensão: somos um em Deus.
Sempre me lembro dos matos nativos. Quando entro num deles sinto que ali há um ser, movido pelas águas, pelas árvores, pelos ventos, pela terra e por cada um dos detalhes. Quando uma folha cai, todo o mato se transforma. Quando uma flor nasce, também.
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