Entre
uma nota musical e outra, há um espaço silencioso. Sempre.
E,
na comunhão dessas notas, ao formar acordes ou permanecendo puras em si mesmas:
há música.
Quando você está
escutando alguma melodia, você também está escutando o silêncio, pois só é possível
a existência da melodia se entre uma nota e outra, simplesmente não houver som.
Nós também poderíamos
ser assim: em alguns momentos fazer, realizar, emitir os nossos sons para que
todo o universo das coisas nos ouça. Mas, em outros momentos, apenas parar de
realizar qualquer movimento, qualquer som.
Apenas ficar perceptivo ao ponto de notar os sons que o próprio universo das
coisas está nos devolvendo.
A partir disso, e
somente a partir disso, voltar a fazer.
Isto nos daria uma
vida menos desgastante, mais consciente e muito mais eficiente.
Saber ‘fazer nada’
assim como, saber ‘fazer o necessário’ são duas sabedorias fundamentais para que
nos sintamos realizados na vida.
O silêncio entre as
notas é o que há de mais simples na manifestação da vida.
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