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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Limites para os filhos







Quem ou o que é a palavra ‘não’ neste momento? Algo assustador, doído, desamoroso?

Dizem alguns pais: Eu recebi muitos nãos; farei diferente com o meu filho: direi muito ‘sim’.

Filhos ocupam o seu dia (todos os dias da semana) jogando 6 ou 7 horas de jogos nada instrutivos. Aliás, muito violentos.

Seus quartos abarrotados de brinquedos, e por isso, a maioria deles, desvalorizados, deixados num canto. Alguns desses brinquedos perigosíssimos, sob o ponto de vista psicológico: a internet por exemplo. Ali, com milhares de informações acessíveis diariamente para as crianças, elas se regozijam da total liberdade dentro do seu quarto com a porta que pode ser chaveada por dentro.  

Uma questão relevante é que tudo está ocorrendo, em especial, nos últimos 25 anos. Ou seja, temos muito poucos estudos e provas de que esta enxurrada de apelos visuais e emocionais está adoecendo a criança; o nosso futuro adulto.

Jogos não somente violentos, mas cruéis e impiedosos estão educando o cérebro dos nossos filhos. Diz o pai ‘é bom para ele; o mundo anda violento mesmo, saberá como se defender’; diz a mãe ‘eu não consigo dar o limite, todos os coleguinhas dela também estão fazendo isso’.

O movimento do Pêndulo fica claro: nos tempos mais antigos, tínhamos pais (em especial o pai, a figura de maior autoridade) agindo muitas vezes como tirano, bárbaro, ditador.

Agora, o pêndulo foi para o outro extremo. Estamos formando crianças tiranas, ditadoras das regras da casa, bárbaros que muito pouco conhecem o limite.

É provável que tenhamos que passar pela dor de, ao longo dos anos que seguem, assistir de perto um ser humano rebelado e não alguém amadurecido para provocar modificações. Não pensem que uma criança que rejeita as regras e a hierarquia é um agente de melhoria social. Pelo contrário. Todo o rebelde apenas mantém a desordem ao qual estamos metidos.  

Precisamos formar crianças pensadoras, voltadas ao seu próprio coração, com a capacidade de propor mudanças sendo elas próprias essa mudança.

Carecemos de inteligência emocional e espiritual. E, na falta de limite, não é possível construirmos pessoas desenvolvidas em ambas as partes.

O espaço para criação no interior de uma criança parte de um lar organizado. Um lugar alegre e, ao mesmo tempo, sereno. E, a serenidade se manifesta quando não andamos em extremos.

É o limite, é o ‘não’ equilibrado ao ‘sim’ que nos joga ao bom discernimento e a harmonia.

É provável que os pais (que também continuam sendo filhos) precisem de ajuda neste momento, mais do que em qualquer outra hora. Também eles precisarão reinterpretar a palavra ‘limite’.  

Até breve.
 
 
 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Leite adulterado, modificado, manipulado.


Quando estou ao meio da mata nativa, é ali que eu percebo a verdade: tudo já está pronto. Apenas a minha consciência para que perceba de que tudo já está pronto, é quem deve avançar.  

Há duas verdades na mata nativa: só há belezas; as belezas se complementam.

Assim também é a natureza como um todo: não há nada fora da ordem nem tampouco contrário a ordem.

Há. Somente isso.

Mas, o homem e a mulher, modernizados, cegaram seus olhos para ver o que existe em sua volta. Por isso, pensam que é necessário jogar com a vida: para ter sucesso a corrupção das leis; para ter prestígio, a venda de mentiras; para ter dinheiro, a compra de pessoas, e assim por diante.

São seres humanos cegos...somos seres humanos cegos.

Adulterar o leite, o vinho, a água são apenas fragmentos da cegueira coletiva ao qual fizemos parte. Uns, conscientes de que ainda são cegos e buscando livrar-se desse ‘entulho nas vistas’. Outros, inconsciente de sua cegueira.

Mas, o que pode ser feito diante disso? Prender os culpados? Sim.

Alimentarmo-nos melhor, preferindo lugares mais confiáveis e, muitas vezes, nem tão atraentes para comprarmos os nossos alimentos? Sim.

Porém, tudo isso será uma solução provisória. É necessário mais e melhor.

Precisamos ser mais humanos e melhores humanos.

Teremos que reeditar a confiança em nossa própria humanidade, vendo-a com bons olhos, afinal, mesmo que escondida, fizemos parte da beleza de toda a natureza.

Não é possível se tornar mais belo ou menos feio.  Não nos foi dado o recurso de mudarmos a nossa essência. É possível, tão somente, realizarmos coisas mais belas e menos feias com nós próprios e com os demais.

Por isso, nem ao menos gosto de discutir a ideia de ser ‘otimista’ diante do que andamos vivendo. Não creio que seja uma questão de otimismo ou pessimismo, pelo fato de que, esta reflexão parte da dúvida.

E, a dúvida é filha do medo.

Por isso não tenho nem preciso de esperança. Eu vivo a fé e isso tem me bastado.

Fé de que estamos no caminho certo, justamente pelo fato de que não é possível sair do caminho, mas, tão somente, trilhar todos os cenários que o caminho pessoal e coletivo nos oferece.  E, à medida que vamos aprendendo a caminhar (você sabe disso), percebemos que tudo estava sincrônico com o que tínhamos a aprender.

Eu não tenho raiva dos que estão adulterando as coisas. Se tivesse, teria que enraivecer comigo mesmo. Eu também tenho tentado distorcer a realidade e isso, certamente, não atinge apenas a mim. São tocados aqueles estão em minha volta.

Mal sei experimentar os presentes mais básicos que a vida tem me dado, o que dirá os mais profundos.

Mesmo assim, eu amo minha humanidade. Minha estupidez e distrações com aquilo que me esvazia ao invés de me completar, faz parte do pacote. Também ali habita minha sabedoria e minha capacidade de criar soluções. É um kit que eu, e supostamente você, recebemos: uma caixa escrita na parte de fora ‘kit ser humano’.

No entanto, quando aprendemos a abrir essa caixa, lá dentro, no centro, encontramos uma segunda mensagem: ‘kit divindade’.

É quando nos lembramos de ou quando somos tomados pela percepção de que não há nada a adulterar, mas, tudo para aproveitar. Creio que muitos dos que já andaram por aqui, descobriram isso: eram os que amavam a vida, falavam com a natureza e se preocupavam com os outros. Eles foram impecáveis (não limitaram o próprio ser).

Que beleza! Tanta vida a nossa disposição! Tantas chances de sermos felizes e de contemplarmos as possibilidades que habitam as nossas células.

Uma última mensagem:

Outro dia, uma pessoa me disse: ‘não escreva textos longos; as pessoas andam muito apressadas para ler coisas que exijam mais tempo’.

Eu pensei que essa pessoa tinha razão, mas, ao começar este texto, ao qual você está lendo agora, coloquei uma música com sons da natureza. Relaxei, respirei sem pressa e contemplei.

E, vi imediatamente, que o bom tempo tinha se alargado para mim. E, que este texto, mais longo, também poderia ser um remédio para alargar o seu bom tempo quando estivesse lendo-o.

Portanto, desta vez, nada de sínteses. Estamos, neste momento, nos dando o prazer de estarmos juntos, nos sentindo bem e com o coração tranquilo.

Até breve.  

sábado, 3 de maio de 2014

A sabedoria do Visionário


 
 
 
 
 
O trabalho será realizado nos dias 10 e 31 de maio.
Estaremos abordando os seguintes assuntos:

 
*NOSSOS INSTRUMENTOS DESTA VEZ SÃO O FOGO E O SINO.  

           *COM LEVEZA E COMPROMETIMENTO COM A NOSSA PRÓPRIA HISTÓRIA, NOS DAREMOS A OPORTUNDIADE ALCANÇAR UMA NOVA VISÃO SOBRE A NOSSA VIDA E OS NOSSO SPRÓXIMOS PASSOS;
*OU, SE JÁ NOS ESTÁ CLARO O CAMINHO A SEGUR, TOMAREMOS FORÇA E SABEDORIA PARA MELHOR PERCORRÊ-LO;
             *A ARTE DE SERMOS AUTÊNTICOS E AGRADÁVEIS, MANIFESTANDO O NOSSO REMÉDIO ORIGINAL;
         

             *POTENCIALIZAÇÃO DA NOSSA CAPACIDADE CRIATIVA E AUTOCONFIANÇA.

             *DIZER A VERDADE, SEM CULPAR NEM JULGAR.  

             *TORNAR-SE BOM PARA SI PARA SER BOM PARA OS OUTROS.  

             *O VISIONÁRIO: AQUELE QUE DESENVOLVE AS QUATRO FORMAS DE VER.  

              *TRABALHAREMOS COM O SINO, MEDITAÇÃO E PRECE. 

              *SUPERANDO AS SOMBRAS DO VISIONÁRIO: A CRIANÇA FERIDA DO LESTE.   

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Copa do mundo de futebol


Não sei se você reparou, mas, há alguma coisa diferente no ‘ar do brasileiro’. As pessoas parecem mais agitadas e poucas estão de fato empolgadas com a copa. A maioria, quando você fala sobre o assunto, costuma se referir: ‘vamos ver o que acontecerá’.
Haverá revoltas, quebra-quebra? Aquilo que aconteceu na copa das confederações foi um ‘fogo de palha’, passou, não mais conseguiremos nos mobilizar? O povo silenciado como sempre?
Verdadeiramente, estamos com medo de olhar para a nossa impotência de mudar tudo isso: a fraqueza está centrada num desejo ainda superficial de transformarmos o Brasil.  
Queremos um país melhor, mas, não queremos pagar o preço disso. Ainda não estamos dispostos a executar algumas mudanças em nossa vida pessoal. Continuamos pensando individualmente e não coletivamente. 
 
Essa é a fonte da angústia que está no ‘ar’: está sendo mostrado a cada um de nós que nada pode se transformado sem que antes isso ocorra em nosso próprio interior.
 
Lembro-me de um termo indígena chamado ‘Rito de Passagem’. O homem e a mulher são submetidos a rituais para que amadureçam e tomem maior responsabilidade sobre a sua própria vida. Nós, brasileiros, também estamos vivenciando um rito de passagem através da copa do mundo, sendo convidados ao amadurecimento das nossas atitudes para que possamos, num futuro breve, vivenciar coisas mais importantes.  

Todo o rito de passagem exige alguns sacrifícios de quem os pratica.

Este é o preço para uma nação mais competente.

As próximas gerações usufruirão todos os nossos esforços.

Sigamos em frente e mais confiantes na vida.