Não sei se você reparou, mas, há
alguma coisa diferente no ‘ar do brasileiro’. As pessoas parecem mais agitadas
e poucas estão de fato empolgadas com a copa. A maioria, quando você fala sobre
o assunto, costuma se referir: ‘vamos ver o que acontecerá’.
Haverá revoltas, quebra-quebra? Aquilo
que aconteceu na copa das confederações foi um ‘fogo de palha’, passou, não
mais conseguiremos nos mobilizar? O povo silenciado como sempre?
Verdadeiramente, estamos com medo de olhar para a nossa
impotência de mudar tudo isso: a fraqueza está centrada num desejo ainda superficial
de transformarmos o Brasil.
Queremos um país melhor, mas, não queremos pagar o
preço disso. Ainda não estamos dispostos a executar algumas mudanças em nossa
vida pessoal. Continuamos pensando individualmente e não coletivamente.
Essa é a fonte da angústia que está no ‘ar’: está
sendo mostrado a cada um de nós que nada pode se transformado sem que antes
isso ocorra em nosso próprio interior.
Lembro-me de um termo indígena chamado ‘Rito de
Passagem’. O homem e a mulher são submetidos a rituais para que amadureçam e
tomem maior responsabilidade sobre a sua própria vida. Nós, brasileiros,
também estamos vivenciando um rito de passagem através da copa do mundo, sendo convidados ao amadurecimento das nossas atitudes para que possamos, num futuro breve, vivenciar coisas mais importantes.
Todo o rito de passagem exige alguns sacrifícios de
quem os pratica.
Este é o preço para uma nação mais competente.
As próximas gerações usufruirão todos os nossos
esforços.
Sigamos em frente e mais confiantes na vida.
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