Algumas palavras do Papa sobre a dor e o ressentimento:
“A
dor, que é também outra chaga, é um campo aberto. O ressentimento é como um
cortiço, onde vive muita gente apertada que não tem o céu. Enquanto a dor é
como uma favela onde as pessoas também se amontoam, mas se vê o céu. Em outras
palavras, a dor está aberta à oração, à ternura, à companhia de um amigo, a mil
coisas que dignificam a pessoa. Ou seja, a dor é uma situação mais sã. Assim me
dita a experiência”.
Parte da própria Igreja através dos escândalos sexuais
e da promiscuidade financeira do Vaticano colaborou para que a dor humana caminhasse
para o ressentimento humano. E, este lugar, como bem falou o papa “é um cortiço
onde vive muita gente apertada que não tem o céu”.
Eis a importância do papa Francisco: ele olha para as
feridas humanas, também provocadas pela Igreja. E, nos remete para alguns
posicionamentos: “a igreja é para os pobres”; “humildade”; “estar mais perto do
povo”; “compaixão”; “seguir os bons exemplos de Francisco de Assis”; “não
excluir”; “aproximar-se da Igreja”; “otimismo”; “não desprezar a importância da
unidade” e “bom humor”.
Independente dos interesses políticos e econômicos que
envolvem o Vaticano, a Igreja se dá uma nova chance, justamente com Francisco. Aquele
outro, o santo, em 1181, na cidade de Assis, Itália também deu à humanidade, através
da Igreja, a oportunidade de pensarmos em nossa capacidade de acolher todas as
diferenças, superar todas as nossas distorções do amor e fazer vencer uma vida
mais bonita para todos.
Não tenho esperança; tenho fé de que é inevitável que
todos nós, passo a passo, acordemos para uma compreensão mais madura da vida.
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