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sábado, 22 de dezembro de 2012

Nosso grupo







         Quando descobrimos que precisamos de pouco para sermos mais felizes, alcançamos um alto grau de sabedoria. As trinta e quatro pessoas que estiveram presentes no retiro do Caminho Sagrado da Simplicidade compartilham esta alegria com todos os amigos e amigas.  

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

24 horas para o início?


Um amigo, brincando com o meu nome e a série Jack Bauer, me disse hoje pela manhã: “você tem 24 horas para ser feliz, Bauer”. Ele se referia ao tal fim do mundo, marcado para o dia 21 de dezembro de 2012.
            E, você, leitor, está com medo do dia de amanhã? Não acredita que terminará o mundo, mas, também não duvida que alguns acontecimentos geológicos atingirão o nosso planeta? Acha tudo isso apenas uma má interpretação do calendário Maia: “não está acontecendo nada fora do normal”?
            Independente de como cada um está visualizando esta data de amanhã, algo de muito especial está acontecendo. Pelos meus cálculos, teremos em torno de 1 bilhão de pessoas de alguma forma conectadas ao mesmo assunto. Qual a importância disso?
            Muita. Nunca na história da humanidade (pelo que se tem conhecimento) tivemos tantas pessoas orientando a sua atenção ao mesmo ponto.  
            Através da internet, conseguimos mobilizar dez por cento da humanidade diante de uma data e uma ideia. Mesmo que lida por alguns com interpretação catastrófica e por outros, como uma belíssima oportunidade para reflexões e melhorias da própria humanidade, estamos mirando na mesma direção.
            Isto é uma “tsunami energética”, uma bomba de luz até hoje não vista. Eletromagneticamente, é impossível que a humanidade passe imune diante deste acontecimento.
            Esta convergência de luminosidades fará um milagre nos transformando em seres mais harmônicos? Sim e não. Sim pelo fato de que a cada acontecimento damos mais um passo em direção a uma consciência mais ampliada. Consciência esta capaz de nos demonstrar qual a melhor maneira de lidarmos com o planeta em que nos encontramos e com todos os seus habitantes. Não, pelo fato de que até mesmo diante dos milagres, é necessário o trabalho para poder ancorá-lo. Ou seja, temos muito que andar em direção ao nosso aperfeiçoamento, mas, menos do que os pessimistas acreditam.
            O despertar aos mais lúcidos pode ser através das dicas sutis que a própria natureza nos oferece, através da sua simplicidade. Já, para os menos lúcidos, o despertar normalmente advém de situações mais sofridas. A sacudida precisa ser maior para acordar quem está dormindo e menos intensa para os já abriram os seus olhos para a verdade.

            Respondi para o meu amigo: “tenho 24 horas para me despedir de tudo o que tem impedido as minhas realizações”.  

sábado, 15 de dezembro de 2012

Vida de verdade


Na cidade onde eu moro abre em média, a cada 3 meses, uma farmácia e um centro de beleza. As pessoas estão adoecendo enquanto tentam (não sei se elas percebem) disfarçar isso.
É possível que em pouco tempo, tenhamos remédio vendido em feira (a madame vai levar um quilo ou meio quilo desse daqui?) e a grande maioria das pessoas belissimamente retocadas e melhoradas.... por fora, é claro.
O resultado é o mesmo de quando assistem a uma peça de teatro. Elas se divertem, dão risadas, choram de emoção e, tão logo a peça termina lembram: “foi lindo, pena que não era verdade”.
Isto está gerando um abismo na sociedade em que vivemos. Um abismo entre uma vida verdadeira e um jogo, virtual, parecido com a vida onde se encontra pessoas tendo prazeres, mas, que não é possível achar uma se quer verdadeiramente realizada.
 

Quem acorda, tira a máscara e sai por aí, gritando: “Ei! Olha aqui! Eu estou de volta para mim mesmo! São os que descobrem que as emoções verdadeiras estavam lá, a sua espera. Que a própria vida estava a sua espera com tudo o que é. Esses, os desmascarados, se tornam seríssimos candidatos a superar todos os prazeres superficiais e chegar às realizações mais profundas. 
É assim. 

 

 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O rio está fluindo

     Respire, sinta-se e solte a dúvida.
     Tudo está acontecendo como deve acontecer. Se você está fazendo a sua parte, apenas confie nos bons resultados de todo o seu esforço.
     Há uma pequenina história que fala muito:
     Alguém se preparou para chegar ao rio. Escolheu um bom dia, pegou o que precisava para ir até lá e partiu. Depois de todo o caminho superado, seus olhos alcançaram o rio que estava fluindo, fluindo, fluindo....
     Olhou para cima, sorriu e se jogou confiante.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Para encontrar a paz neste final de ano


Não há uma única receita para a paz. Cada um precisa encontrar o seu caminho afim de que passe a viver de forma mais leve, no entanto, posso dar uma dica e tenho certeza: ela serve para todos.
A chave para encontrar a paz é “aceitar as coisas como elas são”.
Quando você para de brigar com aquilo que se apresenta em sua vida ou com aquilo que fez parte da sua história, imediatamente, surge um novo clima em seu interior. Como no amanhecer, quando o sol começa a superar a escuridão e tudo se ilumina.
Aceitar significa parar de querer controlar as coisas. A sua vida é assim pelo fato de que você precisa desse cenário parar se melhorar ao longo do caminho.
E, há uma grande diferença entre aceitar e se acomodar. A aceitação nos dá paz e a acomodação nos dá imaturidade. Então, como fazer? Primeiro, aceite, acolha, abra os seus braços para tudo o que é como é. Depois, movimente-se para ter em suas mãos o que precisa ser alcançado. Confie em si, confie na vida, vá além dos seus próprios sonhos. Jogue-se.
Quem busca as mudanças, partindo da aceitação, parte de um lugar tranquilo.
Experimente e depois me conte.

  

 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Ação fraterna e o sucesso da solidariedade


Tivemos sucesso em mais uma ação fraterna. Muitas pessoas juntamente com uma loja maçônica estiveram assistindo a Associação Vida Nova.
Na última sexta-feira, a dupla Andréa e André organizou a entrega dos materiais doados. Foi um momento muito amoroso e alegre, acompanhado pelos sorrisos acolhedores das crianças.
O que foi compartilhado: 
Pracinha: brinquedo 3 em 1 (escorregador, balanço e roda).
Dinheiro: 450 reais + 392 reais.
Escolar: 3 caixas de giz de cera, caixas de lápis de cor, 10 canetas hidrocor, 5 tubos de cola, 5 caixas de tinta tempera, 10 réguas, 10 tesouras, 5 pincéis, 10 lápis preto, 12 caixas de massa de modelar, 21 cadernos, 2 pacotes de folhas de ofício, 20 borrachas, 20 apontadores, 1 bola, 1 bloco educativo.
Outros: diversos enfeites de natal, 1 quadro.
Brinquedos: 1 urso, 2 palhaços, 3 bonecas, 1 quebra cabeça, 1 bloco educativo.

Pelas informações, outras pessoas pretendem continuar ajudando essa associação. 
                                    (confiram outras fotos no link Ação Fraterna)
Quem sabe seja essa a fórmula para uma sociedade onde todos ganham.    

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

E a raiva, como lidar bem com ela?


Você já deve ter observado que as pessoas andam cada vez mais impacientes. Facilmente poucas palavras ou gestos estão ocasionando discussões e, às vezes, até violências físicas.
Alguns dizem que é o resultado do stress do dia a dia, ocasionado pelas nossas cidades barulhentas, pelo mercado cada vez mais competitivo e pelas exigências que não param de chegar.
O que poucas pessoas sabem é de que existe a causa principal para a raiva. Talvez você irá se surpreender com o que lerá agora: o que tem por trás da raiva sempre é a tristeza. Ou seja, quando estamos nos sentindo furiosos, psiquicamente, estamos na verdade conectados ao sentimento de tristeza.
É mais fácil e supostamente, mais seguro, ficar raivoso do que triste. Por isso, inconscientemente, mostramos os dentes ao invés de nos defrontarmos com a nossa dor e pedirmos ajuda.
O que fazer? Traga a sua consciência nos momentos em que a raiva aparecer. Dê um tempo, tente não agir impulsivamente. Respire.
Então, olhe para dentro de você, olhe para a tristeza que está por trás da sua ira. Converse com alguém de forma tranquila sobre esse assunto; é assim que ele será resolvido. E lembre-se de não falar sobre a raiva que sentiu, pois isso apenas potencializa-a.
Experimente agir assim. Isto será curador para você e trará benefícios para os outros. Menos um estressadinho (a) no planeta.

 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Fim do mundo?



Fiquei a par de alguns dados, através da Zampetti Publicidades, que ainda me fazem refletir. Comenta o publicitário Vitor Hugo Zampetti: quando cai um avião com 157 passageiros (sem tirar a importância, logicamente), a mídia fica 2 a 3 anos falando sobre o episódio. Lamentamos a fatalidade, sem dúvida. Porém na região metropolitana de Porto Alegre já foram assassinadas 1000 pessoas até a data de hoje desde o início de 2012 (9 aviões caindo). Em São Paulo unicamente de 1 a 27 de novembro 358 assassinatos (2 aviões  em menos de um mês). Será que a vida está perdendo importância, pergunta Vitor Hugo.
Tenho a impressão de que há uma resposta para isso e tem o nome de transição.
Transitar significa migrar de um lugar para outro, ou seja, sair de uma situação de estabilidade (equilíbrio), provocar-se desequilíbrio, para então, encontrar a próxima estabilidade (equilíbrio).
Estamos no olho do furacão? Sim. Encontraremos uma forma melhor para viver e conviver? Sim. Então, qual a solução? Que comecemos por nós próprios.
Tantos e tantos querem mudanças, o fim da violência, da corrupção, da injustiça com o meio ambiente. O que estamos esperando? A quem estamos esperando?
Esta mudança não pode vir de alguém ou de alguma coisa. É a soma de todos nós, de todas as mudanças que nos propormos verdadeiramente a fazer que fará vitoriosa a ética pela vida. 
Cada um deve começar pelo mais simples, na sua vida diária. Está na hora de findarmos este tipo de mundo ao qual vivemos. 

 

 

 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Como curar a dor de cabeça


Para quem sofre seguidamente com dor de cabeça é sempre bom consultar um médico e, em alguns casos, um neurologista.

            Caso esteja tudo ok, há um exercício muito eficiente para resolver esta questão.

Tome algumas respirações mais profundas e imagine um ponto de luz no centro da sua testa. Logo após, visualize essa luz descendo até a sola do pé esquerdo e do direito. Enquanto a essa luz desce, expire.

Faça isso por no mínimo 3 minutos. Experimente realizar essa técnica, continuamente, por um mês. Os resultados são fantásticos. Você começa a voltar ao sentir.  

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia da consciência negra


Saudações aos brancos, misturados aos negros. Aos índios misturados aos brancos. Aos negros misturados aos índios; ao povo brasileiro, resultado da mescla de todas essas sabedorias.

Salve esta parte humana, os negros e as negras, pela sua capacidade de trabalho, força, inteligência, beleza e ginga diante de todos os desafios.

Salve outra parte humana, os brancos e as brancas, pela sua habilidade em coordenar e liderar.

Cumprimentos às demais partes humanas, os amarelos e as amarelas, os vermelhos e as vermelhas, pela agilidade em inventar, reverenciar seus ancestrais e respeito à natureza.

Que outro sentimento eu posso ter se não a alegria.

 Tudo isto é a humanidade.

Hoje é dia da consciência negra apenas para amadurecer a consciência humana de que somos, na verdade, uma única imagem feita de cores, culturas e complementos.  

 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

São Francisco de Assis e a harmonia


 

Nas relações entre duas pessoas ou mais, sempre que houver um vencedor, haverá necessariamente aquele que perdeu. E, assim, não pode haver harmonia.
Acredite, se uma parte é desfavorecida, todos perdem.
Aquele que deseja vencer o outro, já perdeu para si mesmo, pois, não entendeu o que é um encontro. Não compreendeu que esse outro é uma parte dele próprio.
Por isso o sistema que vivemos, competitivo, que instiga que superemos os outros como se eles fossem nossos opositores não funcionou. Não poderia ter funcionado pelo fato de se basear numa mentira: de que estamos isolados uns dos outros. Esta é a maior das ilusões: não percebermos que estamos no mesmo sistema.
Mas, agora estamos despertando e isto nos move para novas atitudes. Ao invés de nos digladiarmos entre nós mesmos, começaremos a jogar juntos para a manutenção e equilíbrio do próprio sistema.  
Na verdade, só há uma atitude que de fato traz a glória para ambos: quando você se coloca a disposição para que o outro alcance o melhor dele.
Quem sabe alguns digam: as pessoas estão egoístas; elas não agem assim! É verdade, as pessoas estão à espera de alguém que  comece a mudança.
Esse alguém é você! Esse alguém sou eu!
Doe-se para que o outro vença as próprias limitações que ele se impõe e, imediatamente, você será favorecido por ele para vencer as suas próprias ilusões.
Esta é uma nova maneira de convivência. Através deste blog estamos espalhando esta mensagem pelo mundo. Até agora, recebemos a vista de pessoas daqui do Brasil, da Alemanha, dos Estados Unidos, do Reino Unido, de Portugal, da Turquia, de El Salvador e da Rússia.
Irmãos de todo o mundo, comecemos por nós esta grande mudança ao qual a humanidade está à espera.  Este é o nosso grande momento, a nossa grande oportunidade.
Aproveitemos!!!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Dicas para o sucesso

Para alguns, o sucesso é uma grande ascensão na empresa onde trabalha ou a conquista de novos associados. Para outros, sucesso é o fechamento de um importante contrato ou uma equipe harmônica e eficaz. Outros tantos pensam que sucesso é uma vida familiar em equilíbrio e a saúde pessoal em dia. Ou seja, cada um de nós busca o sucesso, invariavelmente.  

Sob o ponto de vista psicológico, quero trazer para vocês algumas características das pessoas vencedoras. Vou defini-las como “os sete talentos das pessoas de sucesso”. Esta é uma boa reflexão e uma excelente oportunidade para você alcançar ainda mais os seus propósitos.   

Primeiro talento: não acredite na maioria das pessoas. Nem mesmo elas de fato acreditam no que dizem. Encontre a sua própria verdade. Por exemplo, não confie que está faltando tempo. Pessoas de sucesso fazem grandes carreiras profissionais enquanto guardam espaço em suas vidas para degustar momentos agradáveis. Quem pensa como todo mundo, não consegue se destacar. Não pode ter o verdadeiro sucesso.

Segundo talento: seja criativo. Olhe para si mesmo, conecte-se com a natureza com todas as suas cores, formas, aromas, texturas. Tudo está ali, a sua espera. Dedique-se para percepções mais aguçadas. Onde alguns enxergam nada você encontrará as soluções mais brilhantes. Preste atenção no simples. Essa é a minha maior dica para o sucesso. Albert Einstein nos disse: ”eu penso 99 vezes e, quando paro de pensar, eis que me aparece a solução”. Sinta a vida ao invés de pensa-la.

Terceiro talento: jamais se compare. Isto lhe tira a força. Acreditem, as pessoas que confiam no seu potencial não se comparam. Uma grande vencedora trouxe uma frase ótima, que revela a importância de cada um de nós: “eu sou apenas uma gota do oceano de Deus, mas, sem ela, o oceano é menor”. Você veio para ser essa gota, única, incomparável. Centre-se na sua presença, como uma árvore muito bem enraizada. Respire esse poder.

Quarto talento: tenha gosto pelo sucesso do outro. Isto cria uma sinergia fantástica para a sua prosperidade. Todos os grandes vencedores festejam como se a vitória dos outros lhes pertencesse. Os mais atentos sabem: o universo está sempre devolvendo o que damos a ele. Pessoas generosas normalmente enriquecem com mais saúde e alegria.  

Quinto talento: mesmo com medo, faça; mesmo com vergonha, diga; mesmo com dúvida, tente. A vida jamais lhe dará certezas, apenas oportunidades. O vencedor não se omite. Sempre se posiciona. Mostra que está disposto a conhecer-se através dos desafios da vida. É discreto muitas vezes, mas, jamais invisível. É marcante em outras, mas, jamais arrogante ao ponto de esquecer a importância do outro.  Sabe trabalhar em equipe e dispensa o pensamento individualista.

Sexto talento: se conheça. Quanto mais você se conhece, mais pode conhecer o outro. Isto é fundamental numa relação com os colegas de trabalho ou, para você selecionar os seus funcionários, ou ainda para você ter uma boa leitura do mercado financeiro. Conhecer-se significa prestar atenção: quais os sentimentos estão em mim agora, de que forma eu lido com os meus pensamentos e como eu encontro a paz e a harmonia em meu interior.

Alguém de sucesso é, antes de tudo, uma pessoa que aprendeu a conviver bem consigo mesmo e encontrou soluções para seus bloqueios. Isto tem um grande poder.

Sétimo talento: todo o homem e mulher que alcançaram um alto grau de maturidade do sucesso compreenderam que os bens materiais só podem proporcionar prazeres, enquanto que os bens emocionais podem trazer felicidade.

Pessoas de sucesso sempre estão equilibrando prazer e felicidade. Se você aprender a construir diariamente, ambos, em pouco tempo você terá a maior das riquezas em suas mãos.  

Abraços de sucesso! Partilhe isto com os seus amigos!! 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Os findados


 
Se, a morte física é parte inevitável dos ciclos terrenos, seremos todos nós destinados à aflição? Será este o preço do amor?  Quem ama intensamente alguém um dia, inevitavelmente, ao despedir-se, terá que vivenciar o sofrimento na mesma medida?  Constituirá na existência, uma lei maior, justamente ao seu oposto: deixar de existir em algum momento?

Sabemos pouco da morte pelo fato de sabermos pouco da vida, pois sempre há uma relação: quem mais desvenda a morte, mais ganha recursos para mergulhar na vida. Há esta relação pelo fato de não existirem duas coisas como a nossa mente “que tudo separa” imagina. Não começamos quando nascemos, nem tampouco terminamos quando morremos. É algo contínuo.

O que há de provisório são as nossas tarefas e o nome que ocupamos. Isto sim começa e, no tempo certo, finda. Nosso sofrimento aparece justamente no equívoco de acreditar que cada um de nós é o trabalho que realiza. A partir disso fica-nos mais claro compreender qual é a origem de todo o sofrimento humano: o medo da morte, pois nesse caso, morrer significa acabar de uma vez.

Na verdade todos nós somos algo maior, mais distante, que vem de outras origens. Mesmo aquelas pessoas que são absolutamente incrédulas da existência de Deus ou do mundo paralelo espiritual, se investigarem os estudos da realidade quântica, perceberão que é impossível que as coisas comecem e terminem. Verão que tudo, tão somente, transita desta para àquela realidade, desta para àquela frequência, desta para àquela forma.

Precisamos aprender a olhar para a morte. Quando vista com dor sofrimento nos faz olhar para trás em demasia e nos tira força para seguir adiante. O contrário, ao devotarmos nossos olhares e atitudes honrando-a e agradecendo a força de vida que vem dela, ofertamo-nos plenitude e paz.  

E, a saudade? O que fazer dela quando parte um pai, uma mãe, avós, irmãos, amigos? Será a saudade um sentimento que nos faz mal? Deveríamos evitá-la?

Não. Pois a saudade tem vida, tem pulsação, tem cor! É através da saudade que todas as pessoas que amamos ao longo do caminho se eternizam dentro de nós. Mire para a sua infância neste instante e virá na sua memória algum episódio importante. Você sentirá saudade neste momento e, verá que tudo continua vivo dentro de você. Isto é você, esta é a sua vida.

Não é a saudade que faz doer como muitos imaginam. O que machuca, na verdade, é a incompreensão do amor. Pensamos que o outro nos pertence ou que nos pertencemos a ele, que controlamos os ciclos da vida e a matéria que possuímos. Então, quando algo sai do nosso “suposto controle”, quando alguma coisa ou alguém se despede de nós, não há alternativa do que sofrer.

Se, ao contrário, soltássemo-nos à verdade de que somos um fluxo do amor, como as árvores, o sol, os planetas, as galáxias, migrando nas mais diversas realidades e no tempo, festejaríamos a morte. E, ao festejá-la, finalmente seríamos capazes de festejar a vida.

Este festejo fará parte de um momento muito avançado da humanidade:  morte e vida, eu e o outro, eu e Deus absolutamente integrado.  

Harmonia!

 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sobre a nossa Humanidade

            O projeto O caminho sagrado da simplicidade está alinhado a uma ideia: vivemos num grande organismo. Somos um único sistema absolutamente interconectado.
            A natureza, a economia e a política nos mostram esta “nova verdade” e, em especial, nossos olhares se voltam para o povo americano que é atingido, neste momento,por uma tempestade tropical.
            Digo “nova verdade” pelo fato de que os países viviam como se independentes uns dos outros. Mas, esta consciência está ultrapassada. Como viemos comentando, todas as fronteiras perdem a sua força a cada dia.
            Com a nossa ampliação da percepção da verdade sobre a vida, sentimos conscientemente que precisamos substituir a visão individualista ou territorial, pela visão sistêmica.
            Esta será a chave para o nosso sucesso nos tempos que virão: a consciência sistêmica.  
                A parte humana que viveu e ainda vive no sistema tribal compreende perfeitamente a visão sistemática. Eles, com naturalidade, pensam sempre em primeiro lugar na tribo como, pois reconhecem que o cuidado com cada um dos membros é essencial para o equilíbrio do todo.   

                "Nós os índios, sempre cantamos e dançamos nas nossas cantorias, como forma de manter a unidade do nosso povo e a alegria da comunidade. Se a gente cantar e dançar, nós nunca vamos acabar."
                                               (Verônica Tembé; líder da aldeia Tekohaw, do povo Tembé)

                Todos os revanchismos entre os povos deverão ser superados. Como um único sistema aprendemos: quando um ganha todo o coletivo é beneficiado.


sábado, 27 de outubro de 2012


A vantagem de andar em grupo

       Outro dia, uma amiga me disse:
        - As pessoas estão muito individualistas.
        Perguntei por qual razão ela pensava assim.
       - Você não vê por aí? Ninguém mais olha para o lado. Parecem ilhas, cada uma no seu universo, separadas por um oceano.
        Parei para pensar e disse para ela, algo diferente:
        - O que você está me dizendo não pode ser verdade. Você está simplesmente acreditando no que andam dizendo por aí. Estamos, todos nós, muito atentos uns aos outros, como nunca se viu. No entanto, ainda não sabemos lidar com a consciência de que somos fundamentais uns para os outros.
         Ela me fez um sinal de negativo, com a cabeça, desaprovando a minha idéia. E, falou:
        - Não sei em que planeta você vive!  As pessoas estão solitárias!
        Eu tentei novamente:
         - As pessoas não estão solitárias. Elas estão abertas ao encontro. Em breve saberão como fazê-lo.
         - Por qual razão você fala isso? A amiga ensistiu.
         - Pelo fato de sermos um fluxo do amor, confio plenamente que caminhamos para a aproximação e desta, para a conciliação. Observe: as coisas que separam perdem a força a cada dia.  

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A beleza da unidade

Quando nos lembrarmos de que humanidade funciona como um grande organismo, absolutamente interligado, perceberemos que somos não apenas espelhos uns dos outros, mas, partes fragmentadas que se buscam incessantemente.
            Quando notarmos que não é necessário guerrear com essas outras partes, por mais diferentes que elas se apresentem ou, por mais incômodas que elas nos revelem aquilo que não queremos ver de nós próprios, notaremos que todo o cenário é tão somente a oportunidade para encontrarmos verdades mais inteiras sobre a vida dentro e fora de nós.  
            Quando conhecermos esta verdade, “o poder e a beleza da unidade”, finalmente encontraremos a paz dentro de nós.
            Por isso, o salto que começamos a dar, como coletividade, não está ligado a esta ordem ou paradigma religioso e político. Pertence a todos, pelo fato de ser um despertar de dentro para fora.
            Não vem das ideias de alguém ou de algum líder. Começa a transbordar nos homens mais simples, nos lugares menos esperados e contagia até mesmo as pessoas mais incrédulas.
            Isto não é uma visão otimista. Esta é uma percepção da natureza ao qual a humanidade participa: na medida em que amadurecemos, vamos deixando, aos poucos, a visão separada das coisas. A grandiosidade das pessoas mais sábias que andaram por este planeta era fundamentada nesta compreensão: somos um em Deus.
            Sempre me lembro dos matos nativos. Quando entro num deles sinto que ali há um ser, movido pelas águas, pelas árvores, pelos ventos, pela terra e por cada um dos detalhes. Quando uma folha cai, todo o mato se transforma. Quando uma flor nasce, também.  

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Com Paixão

            Tenho a sensação de que nos encontramos num impasse. Se por um lado, sabemos da necessidade premente de pensar no próximo, no equilíbrio do planeta e no que estamos deixando para as futuras gerações, por outro, algo nos puxa para que nos isolemos uns dos outros.  
            O resultado é mais ou menos assim: se está faltando para mim, como terei algo para oferecer ao seguinte? Isto caracteriza o individualismo deste tempo. Fechamos os braços para manter o calor em nosso peito, escurecemos os nossos olhos ao que está em nossa volta e seguimos em frente.
            Sozinhos.
            No entanto, há algo ainda mais grave. Uma parte do dilema está no desejo de não constituir família, não ter filhos e não dividir o espaço com alguém.  A outra parte, a mais importante, é que todos os solitários se desapaixonaram por si mesmos. Parecem estar seguros, são intelectuais, são independentes financeiramente, ocupam lugares de destaque na sociedade, são bem vistos no núcleo familiar, no entanto, por dentro, estão carentes.   
            Na verdade não querem estar sozinhos. Desejam, em silêncio, a oportunidade de experienciar um amor mais seguro, mas, no fundo não acreditam que ainda existam pessoas confiáveis. Sonham com lugares e situações que lhe deem liberdade e leveza, pois não sabem mais como resgatar essas sensações do seu próprio interior.
             Insisto: uma parte da humanidade se desapaixonou da sua própria humanidade.    
            Por isso, essa história de compaixão ao próximo, de solidariedade, de tempo para ajudar aos que precisam não está “pegando”. Estamos cada vez mais individualizados.   

            Pois bem, então, qual a solução? Teremos tempo e habilidade para encontrarmos uma saída?           
            Trago algumas sugestões.
             Primeiramente, olharmos para as nossas sobrecargas. Temos sido mais exigidos em nosso dia a dia: somos convidados a correr mais, produzir mais, ganhar mais, criar mais, competir mais, temer mais e desejar mais. De fato temos dado muito mais do que recebido. Ou seja, esta sensação de carência é real!        
            Portanto, se estamos super exigidos, precisamos aprender a pedir”. Esta é a chave para o resgate da compaixão e, aprender a pedir significa: “eu não sei dar conta de tudo que acontece comigo; eu preciso de você”.
            Todos nós sabemos que não é bom ficar sozinho. Não faz bem para alma. Nunca fez.
            Somos uma espécie que necessita de experiências, de se lançar ao risco do amor, de partilhar as riquezas internas e externas. Que é importante estar a sós de vez em quando, isto também temos o conhecimento, no entanto, precisamos essencialmente dos encontros.  
            Parece estranho o que eu escreverei agora: pedir é uma atitude que nos tira de uma relação infantil com a vida. Adultos imaturos não sabem pedir. Adultos maduros sabem como fazê-lo.   
            Neste período de transição, onde migramos para a tal Era de Aquários, anunciada há milênios, chegaremos a um momento de consciência humana muito mais solidária, pois, estaremos funcionando pela percepção coletiva e sistêmica. Isto nos fará seres de mais compaixão. No entanto, ainda estamos no meio do caminho. Há muito a andar.
            Por agora, aprender a pedir já é um grande salto para voltarmos a nos olhar com paixão.  
            Eu trago este texto como um convite para você.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A Paz

E, o aluno esforçado perguntou ao Mestre:
                - Aonde se encontra a paz?
                O mestre, certeiro como a flecha do arqueiro impecável, respondeu:
                - No seu centro.
                Pois, o aluno foi além:
                - Então, por qual razão eu saio do centro, se ali está a minha força maior?
                O mestre seguiu:
                - Ao sair do seu centro, você provoca o movimento. Imediatamente, todo o seu ser entra em crise afinal, o próximo passo sempre é inédito. Ao mesmo tempo, toda essa totalidade busca o próximo equilíbrio, até que, em algum momento, você o alcança. É quando você encontra a mesma paz, no entanto, você não é mais o mesmo.
               
                Aqui precisamos avançar na compreensão do que significa a palavra paz. 
                Há a paz que necessitamos alcançá-la. Quando você está profundamente num estado meditativo, é capaz de encontrar a paz naquilo que é. Sente que não há para onde ir nem o que desejar. É capaz de perceber que tudo já está ao seu alcance pelo fato de você ser o que tem buscado. Você é a totalidade.
                O universo respira através de você.  
                Porém, há outro tipo de paz, proveniente desta primeira.
                Nesta, o nosso aprendizado é justamente o oposto: necessitamos ter a coragem de soltá-la a cada instante.
                - Soltar a paz?
                - Sim. Por exemplo, se você alcança um sonho, se atinge uma virtude, se finalmente compreende algum aspecto da sua vida, se você tiver qualquer tipo de êxito, certamente, você viverá a sensação de paz. Ela lhe trará o conforto e a satisfação de um caminho que foi conquistado. No entanto, logo após, você estará estagnado, sem movimentos, preso ao que conquistou. Olhando para o que já passou.   
                Alguns não dão o próximo passo e começam a morrer ali mesmo, pois, se já passou, por melhor que tenha sido, não mais existe, está sem vida, é apenas um fantasma. Outros, os mais atentos, respiram, agradecem e se voltam para frente. É quando se jogam como as ondas do mar, quando são impulsionadas pelo oceano que as formou.
                Esses, os mais corajosos, compreendem a necessidade de sair da estabilidade, lançando-se ao desequilíbrio, para então, alcançar uma nova estabilidade. É assim que obtêm os patamares mais altos da sua própria força. Um dia eles também serão os mestres.
               
                Deste jogo todos nós vivemos. Enquanto uma paz pode ser alcançada a qualquer instante, bastando a aceitação de tudo o que é como o mais perfeito, a outra, passa por nós ligeiramente, gerando prazeres e crises, para que então, tenhamos movimentos e avanços.
                Crescer, a cada “estar presente”. Crescer a cada “instabilidade”.
                A vida.         

domingo, 30 de setembro de 2012

1ª carta aos jovens maduros: Ansiedade

Você pega o seu carro ou vai até a parada esperar o ônibus e, tão logo começa a andar encontra um engarrafamento. Mas, já estava prevenida. Tira o seu pen drive da mochila ou saca o seu ifone ou o seu mp3, bota os seus fones e começa a cantar. Você curte e tudo fica bem.
                Chega ao trabalho e recebe a notícia de que chegaram outras metas para serem cumpridas. Ok, você já esta preparada para o ritmo forte e competitivo do mercado. Era o que você mais queria: estar no mercado de trabalho e ter sucesso. Toma um café preto, da uma passadinha básica no Face, uma desopilada, respira, se possível, põem novamente os seus fones de ouvido e recomeça a produzir.  
                No final do dia você está um pouco cansada, mas, nada como um bom bate papo, para alguns, misturado a um chopinho ou alguma outra coisa, para você se sentir pronta, renovada, descansada para mais um dia de trabalho.
                Antes de dormir, lembra-se do sucesso que você buscava, “eu quero ter sucesso para ter a minha grana, a minha independência, comprar o meu apartamento, morar com alguém ou sozinha e ser feliz”. Quando vê que isso já está acontecendo, festeja!
                 No outro dia, as coisas se repetem.
                Agora você tem dinheiro, tem mais liberdade. Quem sabe você pense: vou trabalhar bastante, chegar ao máximo do sucesso e, lá na frente, por volta dos quarenta anos, se der tempo é claro, terei um filho. 
                Tudo vai bem até que um dia o seu corpo apresenta coisas estranhas. Algumas delas você nunca havia vivenciado. Você quer dormir e não consegue, quer parar de pensar e também não consegue. Quer relaxar, dar um tempo, silenciar por dentro, mas, o seu corpo está acelerado demais para isso.
                Você se preocupa, conversa com suas amigas e amigos, tenta encontrar alguma saída. Há pessoas que pensam: “tudo isso vai passar no dia em que eu tiver mais dinheiro”; outras dizem “é necessário ser assim, se eu não fizer alguém tomará meu lugar”; há também os que acreditam que “fumando, tudo se resolve”.  
                E, por um tempo, isso parece funcionar.
                Mas, os anos passam, surgem outras reações do corpo fruto das primeiras novidades. Aparece o bruxismo, a depressão, a impaciência e, às vezes, a desmotivação.
                A partir daí, algumas pessoas percebem que não estão dando conta do que está acontecendo. É quando buscam algum tipo de ajuda, muitas vezes tomando alguma medicação para dormir, para relaxar ou para ser mais feliz.
                Nesse momento, na maioria dos casos, ocorre algo estranho: em pouco tempo tudo parece solucionado. “Cara, eu encontrei a saída”. E, por incrível que pareça, algum tempo depois, tudo volta, mas desta vez, maior.
                Então, começam algumas lutas no interior de quem está passando por isso. Enquanto uma parte quer fugir para um lugar mais seguro, o corpo e a mente ainda não encontraram a saída.  
                É quando descobrem a existência da ansiedade. E, para piorar, ela mora dentro delas.  
                O que fazer? Como poderão melhor lidar com isso? Existirá alguma solução? 
                Boa notícia: sim.

                É uma fórmula constituída de três antídotos.
                Primeiro, compreenda que ansiedade significa ansiar por alguma coisa, seja dentro ou fora de você.
                Ou seja, para ser menos ansioso é necessário desejar menos.  Eu sei que isso não é fácil, mas, lembre, é possível. Sendo possível, todo mundo pode realizar.
                Desejar menos significa dar preferência às coisas mais simples. Comer uma maçã, olhar para o céu, fazer uma fogueira, admirar um quadro ou pintar um, tomar um banho de mar, caminhar na mata, ter aquela conversa há tanto tempo esperada, dar um abraço, abrir o coração com alguém, etc.
                Quem escolhe a simplicidade, percebe que a vida está cheia de coisas bacanas para se curtir e que há tempo para isso. Este primeiro antídoto diz: aprenda a desejar menos e você terá o mais importante.
                Segundo, ansiedade significa estar com a mente no futuro. Prestem a atenção: nunca temos ansiedade se os nossos pensamentos estão no presente. Por exemplo, se eu estou na frente do meu computador, realizando algum trabalho e, os meus pensamentos estão voltados para aquela tarefa, eu estou bem. Mas, se em fração de segundos, os meus pensamentos olham para o futuro, para algo que terei que realizar, algo ao qual eu busco algum tipo de sucesso, imediatamente, aparece a tal ansiedade. Este segundo antídoto diz: para sermos menos ansiosos precisamos aprender a pensar, ou seja, aprender a estarmos com os nossos pensamentos no momento presente.
                E, terceiro, a ansiedade sempre está subjugada a uma equação: ela é fruto da dúvida, que por sua vez, pertence ao medo. Ou seja, não é possível curar a ansiedade sem antes olharmos para todas as nossas dúvidas e medos. Você sabe por qual razão duvidamos tanto? Por qual motivo algumas vezes temos medo do futuro profissional ou do sucesso afetivo?  Por que ainda não aprendemos a confiar nas duas principais palavras do dicionário: “eu” e “vida”.
                Confiar em si não significa desmerecer os demais. Pessoas que fazem assim são as mais limitadas. Confiar em si significa: eu reconheço que tenho os recursos para ter sucesso e motivação para aprender aquilo que ainda não sei. E, confiar na vida: eu só preciso fazer a minha parte; a vida se encarregará de me dar o retorno exato aos meus esforços. O terceiro antídoto nos diz: aprenda a confiar na vida e em si mesmo para conhecer um tipo de paz muito mais duradoura.
                Espero que estas dicas lhes sejam úteis. Também espero por boas notícias de cada um de vocês.

                                                                                                              Psicólogo Bauer  

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Jovens, álcool e família



                Aos poucos, a humanidade foi se perdendo do “caminho”.
                Distanciada de si mesma, cega do que havia em seu interior, turvou seus olhares para o que percebia no lado de fora. Primeiro, esqueceu quem era, depois, olvidou como devia realizar-se na vida.  
                Foi quando nós, os seres humanos, conhecemos a arte de comprar: alegria, alívio, doçura, amor, criatividade, sono, paz, poder, etc.
                Desse desvio do “caminho” e dessa ideia de comprar surgiram todas as drogas e ainda surgem.   
                No entanto, a porta de entrada nesse mundo das ilusões, de que é possível negociar ao invés de resgatar do seu próprio interior a solução, é a mesma há mais de um século: o álcool.
                Reparem na capa da revista veja: um em cada três adolescentes se embriagou nos últimos doze meses. Segue: beber ainda jovem aumenta em até 70% o risco de se tornar dependente de drogas. Não é difícil concluir que a nossa sociedade e as nossas famílias estão fabricando futuros viciados.  
                Por qual razão os jovens e cada vez mais jovens estão tão interessados no álcool? Pelo efeito deste tempo: se pode tudo, mas, s u p e r f i c i a l m e n t e.
                Eles têm acesso a todas as informações, podem falar o que bem querem, contrariar as ordens, decidir por eles mesmos e adquirir as tecnologias de últimas gerações, no entanto, não estão sendo ensinados a conhecer a vida de maneira mais profunda.  
                Por isso, seus prazeres duram pouco tempo, enquanto que as suas ânsias... vinte e quatro horas.
                Jovens bebedores de álcool de hoje serão os viciados em comprar a paz e a felicidade amanhã. E, viciados, se depararão com o seu próprio vazio, diariamente.  
                Álcool, maconha, ecstasy, oxi, cocaína, heroína, bala, cérebros sendo fritados, como dizem os jovens.
                Destinos sendo fritados, digo eu.
                Há saída?
                Sim e começa pelos pais desses jovens.
                Não apenas na compreensão de que antes do amor, necessita vir à ordem e o limite, mas, principalmente, que esses pais comecem a olhar para as suas próprias vidas, para o seu próprio interior. 
                Que se soltem da crença de que o dinheiro e o poder externo trarão harmonia, pois, externamente só é possível alcançar prazeres momentâneos, enquanto que, aquilo que se liberta por dentro, permanece para sempre.   
                Que se desatem da ideia de que a vida moderna não dispõe de tempo para o diálogo e convivência familiar, pois, um homem refém da falta de tempo é um homem refém das próprias escolhas equivocadas.  
                Que os pais se emancipem do medo de abrir seus corações ao amor, pois, só conseguirão levar seus filhos para locais que eles próprios já frequentam.  
                Que os pais se alforriem da culpa ao dizer não! Pare! Chega! Fim! Obedeça! Honre! Pois, o amor sem disciplina e respeito às hierarquias é mais perigoso do que o desamor.
                E, que os seus filhos sejam responsabilizados e se responsabilizem, pois, ninguém amadurece sem honrar o resultado das suas próprias atitudes.  
                Há uma frase do Zen Budismo: o próximo passo é sempre o primeiro passo.
                Você pode mudar esta realidade hoje, agora em sua família, neste momento com os seus filhos, neste instante, em seu próprio interior. Aja!   

                Psicólogo Bauer Orcina Rodrigues